Aula básica de criação de enredos
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Aula básica de criação de enredos
Bom, como ultimamente eu não tenho ajudado com conteúdo maker, é bom eu voltar a fazer isso, e não guardar o conhecimento que tenho apenas para minha pessoa xD.
Venho compartilhar convosco alguns capítulos de coisas que aprendi durante toda a minha vida, que me ajudaram a compor enredos.
Vamos então a esta primeira aula (:
O primeiro aviso que tenho: se você não gosta de ler, aperte o botão “Close” no seu brwoser, ou o botão “Back”, porque este tutorial segue a regra de indicar a leitura para todos. Portanto, se você tem preguiça de ler, este tutorial pode ser pra você, mas você tem que perder essa preguiça e começar a ler.
Se você não lê, você não pode escrever, pois o seu vocabulário fica limitado, você acaba escrevendo sempre a mesma coisa e não expande o seu universo. Acaba virando um escritor fraco, e por este motivo, deve ler, não igual a um maluco que lê até estragar as vistas, mas como uma pessoa que busca conhecer, não apenas novos mundos, mas novas maneiras de escrever e empregar palavras.
A aula foi dividida em “Passos”, pra facilitar melhor a leitura.
Se você é uma pessoa que lê bastante, com certeza deve ter notado algumas peculiaridades que alguns autores tem. Há autores que são redundantes ao extremo, outros que usam palavras difíceis DEMAIS para que seu texto pareça mais culto (inclusive, há autores brasileiros com essa mania de ir no dicionário, buscar o sinônimo de uma palavra e colocar esse sinônimo horrível no livro/texto para dificultar ou ‘embelezar’), outros autores costumam a ter um elevado nível de ironias nos textos...
Há ainda autores que demoram a desenrolar seu enredo, deixando ele cheio de enchimentos de lingüiça. E existem autores que desenrolam o enredo de uma forma gostosa de se ver, que não é nem rápida e nem lenta, mas na medida.
Observando as peculiaridades de cada autor, você pode notar onde ele peca mais e onde ele mais acerta. Jô Soares, por exemplo, é um daqueles autores brasileiros que SÃO SIM autores de livros chatos de se ler: muitas vezes expressões inúteis, complexas demais, e que poderiam ser substituídas. E, por vezes, os livros de Jô contém vícios de linguagem. Esses são alguns dos erros que ele comete.
Agora vamos falar do clássico autor Conan Doyle, escritor de Sherlock Holmes. Sem dúvida, seus maiores acertos estão aparecendo por todos os seus textos: o jeito único com que Holmes age, a maneira com que a narrativa mostra os fatos, a falta dos adjetivos/substantivos cultos demais, e suspense aplicado na medida certa, de modo que uma ponta aberta aqui é responsável por abrir outra e fechar uma, mais à frente.
Então observe sempre que possível as peculiaridades dos autores, só que, evite ao máximo copiá-los. Não é porque a J.K. Rowling acerta em certos pontos que você tem que copiar igualzinho o que ela faz. Você pode aproveitar os pontos que ela acerta, e fazer do seu jeito.
Parece que não, mas ainda é possível ser original hoje em dia ao escrever enredos. Vamos tomar como exemplo a saga Crepúsculo. A autora foi bem original, soube mudar os ‘vampiros’, tornando eles seres vegetarianos e que brilham no sol. Ta certo que eu não considero crepúsculo uma maravilha, e nem algo legal, mas a autora foi original no conceito dos VAMPIROS (fadinhas).
Você pode se basear em outras idéias? Pode. Mas, lembrando que você precisa ser o mais original na hora de aplicar os conceitos.
Você pode escrever sobre Elfos, que são os seres mais usados e conhecidos por jogadores de RPG de Mesa (e por alguns dos jogadores de RPG Eletrônico). Mas, ao usar os Elfos, pode-se ser usada uma forma original de trabalhar com eles: seres inteligentes, rápidos, que vivem em harmonia com a natureza. Os Elfos são seres com habilidades místicas e lendárias.
Tá aí uma descrição que alguém pode ter pensado (ou não), mas traz um novo jeito de ver os Elfos: seres com habilidades místicas. E a parte que diz “Lendárias”, logicamente vai colocar na cabeça do leitor que as habilidades praticamente nunca são usadas, o que dá um ar superior a quem vê um Elfo usando uma habilidade especial (mexer com raios, trovões e etc).
Sempre, mas sempre tem uma história que mostra um cara que é fraco evoluindo e ganhando poderes pra depois matar o chefão que nem mesmo os caras mais elites conseguem. Ah... Não, a sua história é igual a essa?
Caramba! Acertei na mosca então.
Primeiro: não se desespere, e não precisa mudar drasticamente a sua história, mas mude a forma como você evolui o personagem. Ele pode/deve ter desafios que realmente façam evoluir durante a jornada.
Um exemplo é um herói que é escolhido para combater o mal. Para tanto, os que escolheram ele colocam o cara numa espécie de escola, onde ele aprende a usar as magias que podem ser desenvolvidas. Depois disso, dá-lhe missões para que o cara aprenda realmente técnicas de combate e como funciona a luta em si. É muito mais plausível você ter um nada que foi escolhido por que ele tem traços genéticos que podem chegar a ajudar na construção de um herói forte, e então ele evolui através de desafios e das experiências dele, do que um nada que foi escolhido por que os ancestrais dele foram fortes e ele tem que ser também, e ele vai lá e detona o boss sem ao menos ter treinado.
É um clichê o cara ser escolhido fraco para derrotar um boss super forte? É. Só que tudo depende da forma como você vai usar esse clichê e aplicar ele. Como eu citei acima, você pode mudar e deixar o cara ser escolhido fraco, mas depois ele tem um treinamento pesado, para transformar ele num herói de elite e mandar ver. É uma maneira não tão nova, mas plausível.
Um exemplo de clichê bem aproveitado é o famigerado Shrek: um cara que tem que salvar a princesa de um dragão. Há coisas novas nesse clichê: esse ‘cara’ é um ogro, o dragão é um dragão manso e a princesa vira uma ‘ogro fêmea’ no decorrer da história.
É a mesma história clichê de sempre dos contos de fada, apresentada com um desenrolar diferente em alguns pontos, e com vários elementos diferentes.
Vamos aos fatos: aprenda a medida certa para desenrolar a sua história. Não vá liberar um spoiler cedo demais, e também não revele a história toda tarde demais. Vá liberando todos os pedaços da história aos poucos.
Vamos usar um exemplo rápido de uma história se desenrolando:
”Robert começa sua jornada após passar nos testes da academia de luta. Ele foi selecionado para estar entre o esquadrão de elite que vai enfrentar os soldados da nação inimiga durante a guerra que está acontecendo.
*Passam-se algumas semanas*
No campo de batalha, Robert conhece verdadeiramente os colegas de grupo. Eles se tornam amigos e evoluem juntos com o trabalho em equipe, usando as experiências ganhas durante as batalhas.
*Passam-se mais semanas*
Robert e seus amigos recebem ordens do comandante para que cheguem até a capital inimiga, de modo a não serem percebidos, e depois matem o comandante inimigo.
O esquadrão se move e consegue chegar à cidade. Após uma longa viagem, eles descansam e se preparam para agir.
Dois dias depois de tudo estar pronto, saem para a batalha e encontram o comandante inimigo, bem escondido. A partir daí, eles o capturam e interrogam o dito cujo, até descobrirem o verdadeiro motivo da guerra:
O país de Robert começou a roubar urânio dos país vizinho, e ainda assassinava civis inocentes. O país vizinho passou a uma guerra, para tentar se proteger e evitar a exploração vinda do país de Robert...”
Durante essas semanas inseridas no enredo, você pode colocar partes que tenham ligação com o que eles vão descobrir no futuro. Um exemplo é colocar Robert ou algum amigo dele ouvindo o comandante dando ordens a um soldado para que consiga pegar o Urânio de qualquer maneira, e mate quem estiver na frente.
Outra é colocar algum personagem vendo um cruel massacre de civis desarmados, e esse personagem conta aos outros o que viu.
Isso é importante, saber desenrolar a história e sem os ‘enchimentos de linguiça’.
Também evite deixar tudo claro demais no começo da história. Por exemplo: existe um personagem na sua equipe que é exatamente igual ao personagem principal. Esse personagem igual não tem família, não sabe de onde vem...
É claro que ele é seu irmão gêmeo que foi raptado/seqüestrado/potencialmente assassinado e agora te encontrou. Se você for revelar isso lá e deixar com clima de novela mexicana, o leitor vai olhar pro seu texto e dizer “Ah, é sério que os dois são irmãos? Nunca imaginei isso...”
Seja inteligente a ponto de surpreender o jogador. Quando ele menos esperar, faça um ataque inimigo, uma emboscada que prenda o jogador e o deixa sem saída. Quando ele achar que venceu o inimigo, quando o inimigo estiver com menos de 10% de força, faça com que esse inimigo consiga realizar uma magia apelativa e jogue um monstro no seu jogador.
Não torne tudo tão fácil ou óbvio, pois, se tornar, acaba por perder a graça de ler/jogar.
Você pode fazer um final no qual o vilão está dando uma surra no grupo protagonista, e no meio dessa surra o vilão acaba por ficar esgotado, e então ele some e promete uma volta. Não precisa criar um gancho óbio que diz que o cara principal tem poderes que surgiram lá da pqp e agora ele vai matar o inimigo com uma espada que tem duas vezes o tamanho dele O_O’.
Surpreenda criando manipulações. Você passa o livro inteiro acompanhando o grupo se focando em um inimigo, e, de repente, esse inimigo se mostra apenas um boneco de outro, que é muito mais cruel e sempre agiu na calada para alcançar seus objetivos. Assim, você mata o tal ‘antagonista’ e depois o grupo conhece o chefe do antagonista, e vê que esse sim teve um preparo para uma batalha final, teve tempo e está bem descansado e em forma, pois ele cumpriu com seus objetivos.
Aqui nessa parte, você pode fazer o que quiser, desde que surpreenda e continue sendo plausível/legal. Só não vou dar mais dicas, pois aí vai ficar tudo manjado.
A minha consideração final: Leia, mas leia pra caramba. Assim você fica por dentro do que dá certo, o que agrada e o que não agrada. Também procure inovar de vez em quando.
Uma coisa muito chata que aconteceu foi quando Crepúsculo começou a fazer sucesso, e surgiu no mercado a chamada Overdose de vampiros: todo mundo falando de vampiros, de vampiros e mais vampiros. A ideia ficou saturada, e ninguém aguenta mais ouvir falar de vampiros que fala que vai buscar cebola e uma estaca pra matar o próximo besta que falar neles. Tente seguir as tendências, mas procure inovar também, para evitar encher os seus leitores/jogadores
See you later ^^
Venho compartilhar convosco alguns capítulos de coisas que aprendi durante toda a minha vida, que me ajudaram a compor enredos.
Vamos então a esta primeira aula (:
Considerações:
O primeiro aviso que tenho: se você não gosta de ler, aperte o botão “Close” no seu brwoser, ou o botão “Back”, porque este tutorial segue a regra de indicar a leitura para todos. Portanto, se você tem preguiça de ler, este tutorial pode ser pra você, mas você tem que perder essa preguiça e começar a ler.
Se você não lê, você não pode escrever, pois o seu vocabulário fica limitado, você acaba escrevendo sempre a mesma coisa e não expande o seu universo. Acaba virando um escritor fraco, e por este motivo, deve ler, não igual a um maluco que lê até estragar as vistas, mas como uma pessoa que busca conhecer, não apenas novos mundos, mas novas maneiras de escrever e empregar palavras.
A aula foi dividida em “Passos”, pra facilitar melhor a leitura.
Primeiro passo: Observar
Se você é uma pessoa que lê bastante, com certeza deve ter notado algumas peculiaridades que alguns autores tem. Há autores que são redundantes ao extremo, outros que usam palavras difíceis DEMAIS para que seu texto pareça mais culto (inclusive, há autores brasileiros com essa mania de ir no dicionário, buscar o sinônimo de uma palavra e colocar esse sinônimo horrível no livro/texto para dificultar ou ‘embelezar’), outros autores costumam a ter um elevado nível de ironias nos textos...
Há ainda autores que demoram a desenrolar seu enredo, deixando ele cheio de enchimentos de lingüiça. E existem autores que desenrolam o enredo de uma forma gostosa de se ver, que não é nem rápida e nem lenta, mas na medida.
Observando as peculiaridades de cada autor, você pode notar onde ele peca mais e onde ele mais acerta. Jô Soares, por exemplo, é um daqueles autores brasileiros que SÃO SIM autores de livros chatos de se ler: muitas vezes expressões inúteis, complexas demais, e que poderiam ser substituídas. E, por vezes, os livros de Jô contém vícios de linguagem. Esses são alguns dos erros que ele comete.
Agora vamos falar do clássico autor Conan Doyle, escritor de Sherlock Holmes. Sem dúvida, seus maiores acertos estão aparecendo por todos os seus textos: o jeito único com que Holmes age, a maneira com que a narrativa mostra os fatos, a falta dos adjetivos/substantivos cultos demais, e suspense aplicado na medida certa, de modo que uma ponta aberta aqui é responsável por abrir outra e fechar uma, mais à frente.
Então observe sempre que possível as peculiaridades dos autores, só que, evite ao máximo copiá-los. Não é porque a J.K. Rowling acerta em certos pontos que você tem que copiar igualzinho o que ela faz. Você pode aproveitar os pontos que ela acerta, e fazer do seu jeito.
Segundo passo: originalidade
Parece que não, mas ainda é possível ser original hoje em dia ao escrever enredos. Vamos tomar como exemplo a saga Crepúsculo. A autora foi bem original, soube mudar os ‘vampiros’, tornando eles seres vegetarianos e que brilham no sol. Ta certo que eu não considero crepúsculo uma maravilha, e nem algo legal, mas a autora foi original no conceito dos VAMPIROS (fadinhas).
Você pode se basear em outras idéias? Pode. Mas, lembrando que você precisa ser o mais original na hora de aplicar os conceitos.
Você pode escrever sobre Elfos, que são os seres mais usados e conhecidos por jogadores de RPG de Mesa (e por alguns dos jogadores de RPG Eletrônico). Mas, ao usar os Elfos, pode-se ser usada uma forma original de trabalhar com eles: seres inteligentes, rápidos, que vivem em harmonia com a natureza. Os Elfos são seres com habilidades místicas e lendárias.
Tá aí uma descrição que alguém pode ter pensado (ou não), mas traz um novo jeito de ver os Elfos: seres com habilidades místicas. E a parte que diz “Lendárias”, logicamente vai colocar na cabeça do leitor que as habilidades praticamente nunca são usadas, o que dá um ar superior a quem vê um Elfo usando uma habilidade especial (mexer com raios, trovões e etc).
Terceiro passo: inovar no clichê
Sempre, mas sempre tem uma história que mostra um cara que é fraco evoluindo e ganhando poderes pra depois matar o chefão que nem mesmo os caras mais elites conseguem. Ah... Não, a sua história é igual a essa?
Caramba! Acertei na mosca então.
Primeiro: não se desespere, e não precisa mudar drasticamente a sua história, mas mude a forma como você evolui o personagem. Ele pode/deve ter desafios que realmente façam evoluir durante a jornada.
Um exemplo é um herói que é escolhido para combater o mal. Para tanto, os que escolheram ele colocam o cara numa espécie de escola, onde ele aprende a usar as magias que podem ser desenvolvidas. Depois disso, dá-lhe missões para que o cara aprenda realmente técnicas de combate e como funciona a luta em si. É muito mais plausível você ter um nada que foi escolhido por que ele tem traços genéticos que podem chegar a ajudar na construção de um herói forte, e então ele evolui através de desafios e das experiências dele, do que um nada que foi escolhido por que os ancestrais dele foram fortes e ele tem que ser também, e ele vai lá e detona o boss sem ao menos ter treinado.
É um clichê o cara ser escolhido fraco para derrotar um boss super forte? É. Só que tudo depende da forma como você vai usar esse clichê e aplicar ele. Como eu citei acima, você pode mudar e deixar o cara ser escolhido fraco, mas depois ele tem um treinamento pesado, para transformar ele num herói de elite e mandar ver. É uma maneira não tão nova, mas plausível.
Um exemplo de clichê bem aproveitado é o famigerado Shrek: um cara que tem que salvar a princesa de um dragão. Há coisas novas nesse clichê: esse ‘cara’ é um ogro, o dragão é um dragão manso e a princesa vira uma ‘ogro fêmea’ no decorrer da história.
É a mesma história clichê de sempre dos contos de fada, apresentada com um desenrolar diferente em alguns pontos, e com vários elementos diferentes.
Quarto passo: o desenrolar
Vamos aos fatos: aprenda a medida certa para desenrolar a sua história. Não vá liberar um spoiler cedo demais, e também não revele a história toda tarde demais. Vá liberando todos os pedaços da história aos poucos.
Vamos usar um exemplo rápido de uma história se desenrolando:
”Robert começa sua jornada após passar nos testes da academia de luta. Ele foi selecionado para estar entre o esquadrão de elite que vai enfrentar os soldados da nação inimiga durante a guerra que está acontecendo.
*Passam-se algumas semanas*
No campo de batalha, Robert conhece verdadeiramente os colegas de grupo. Eles se tornam amigos e evoluem juntos com o trabalho em equipe, usando as experiências ganhas durante as batalhas.
*Passam-se mais semanas*
Robert e seus amigos recebem ordens do comandante para que cheguem até a capital inimiga, de modo a não serem percebidos, e depois matem o comandante inimigo.
O esquadrão se move e consegue chegar à cidade. Após uma longa viagem, eles descansam e se preparam para agir.
Dois dias depois de tudo estar pronto, saem para a batalha e encontram o comandante inimigo, bem escondido. A partir daí, eles o capturam e interrogam o dito cujo, até descobrirem o verdadeiro motivo da guerra:
O país de Robert começou a roubar urânio dos país vizinho, e ainda assassinava civis inocentes. O país vizinho passou a uma guerra, para tentar se proteger e evitar a exploração vinda do país de Robert...”
Durante essas semanas inseridas no enredo, você pode colocar partes que tenham ligação com o que eles vão descobrir no futuro. Um exemplo é colocar Robert ou algum amigo dele ouvindo o comandante dando ordens a um soldado para que consiga pegar o Urânio de qualquer maneira, e mate quem estiver na frente.
Outra é colocar algum personagem vendo um cruel massacre de civis desarmados, e esse personagem conta aos outros o que viu.
Isso é importante, saber desenrolar a história e sem os ‘enchimentos de linguiça’.
Também evite deixar tudo claro demais no começo da história. Por exemplo: existe um personagem na sua equipe que é exatamente igual ao personagem principal. Esse personagem igual não tem família, não sabe de onde vem...
É claro que ele é seu irmão gêmeo que foi raptado/seqüestrado/potencialmente assassinado e agora te encontrou. Se você for revelar isso lá e deixar com clima de novela mexicana, o leitor vai olhar pro seu texto e dizer “Ah, é sério que os dois são irmãos? Nunca imaginei isso...”
Quinto e último passo: surpreenda
Seja inteligente a ponto de surpreender o jogador. Quando ele menos esperar, faça um ataque inimigo, uma emboscada que prenda o jogador e o deixa sem saída. Quando ele achar que venceu o inimigo, quando o inimigo estiver com menos de 10% de força, faça com que esse inimigo consiga realizar uma magia apelativa e jogue um monstro no seu jogador.
Não torne tudo tão fácil ou óbvio, pois, se tornar, acaba por perder a graça de ler/jogar.
Você pode fazer um final no qual o vilão está dando uma surra no grupo protagonista, e no meio dessa surra o vilão acaba por ficar esgotado, e então ele some e promete uma volta. Não precisa criar um gancho óbio que diz que o cara principal tem poderes que surgiram lá da pqp e agora ele vai matar o inimigo com uma espada que tem duas vezes o tamanho dele O_O’.
Surpreenda criando manipulações. Você passa o livro inteiro acompanhando o grupo se focando em um inimigo, e, de repente, esse inimigo se mostra apenas um boneco de outro, que é muito mais cruel e sempre agiu na calada para alcançar seus objetivos. Assim, você mata o tal ‘antagonista’ e depois o grupo conhece o chefe do antagonista, e vê que esse sim teve um preparo para uma batalha final, teve tempo e está bem descansado e em forma, pois ele cumpriu com seus objetivos.
Aqui nessa parte, você pode fazer o que quiser, desde que surpreenda e continue sendo plausível/legal. Só não vou dar mais dicas, pois aí vai ficar tudo manjado.
A minha consideração final: Leia, mas leia pra caramba. Assim você fica por dentro do que dá certo, o que agrada e o que não agrada. Também procure inovar de vez em quando.
Uma coisa muito chata que aconteceu foi quando Crepúsculo começou a fazer sucesso, e surgiu no mercado a chamada Overdose de vampiros: todo mundo falando de vampiros, de vampiros e mais vampiros. A ideia ficou saturada, e ninguém aguenta mais ouvir falar de vampiros que fala que vai buscar cebola e uma estaca pra matar o próximo besta que falar neles. Tente seguir as tendências, mas procure inovar também, para evitar encher os seus leitores/jogadores
See you later ^^
Re: Aula básica de criação de enredos
Nossa RoBerto,acertou,agora acho que tu é um Vidente ou coisa parecida xD... Eu queria criar um roteiro para meu próximo jogo (Muahuahua,eu andei treinando ás escuras no RPG Maker ) mas tava muito sem idéia e tava criando cada clichê que dava vontade de vomitar.... Muito bom esse mini história do Robert para dar um exemplo agora saquei. Adivinhou era exatamente o Tutorial que eu estava precisando (Sobre Crepúsculo eu tenho a coleção completa e até gosto dos personagens,mas li até o Amanhecer e depois enjooei... O livro inteiro quase é "Oh Bella","Oh Edward","Oh Bella","Oh Edward","Oh Bella","Oh Jacob","WTF!?" e assim por diante)
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Re: Aula básica de criação de enredos
Yoshi, aula de português O_O?
Magoou D: /brinks ^^
Deidara, crepúsculo foi um acerto no carisma dos personagens, algo que talvez eu trabalhe numa possível futura aula, xD. Só que, o maior erro da autora foi esse "Oh, Bella", "Oh Edward", que deixou de um jeito insuportável e clichê. Até que poderia ter colocado algo mais marcante, tipo o Edward ser um badass que começa a gostar da Bella e daí ele destrói qualquer um que tentar impedir o namoro deles, mas destrói de verdade. Ia ser um clichê, mas menos enjoativo. Dá pra perceber que ele começa a virar vampiro de verdade no final da saga e olha lá D:
Que bom eu ter te ajudado, Deidara. Espero poder ajudar mais gente também ^^ Precisando de um toque, qualquer coisa, só falar
Magoou D: /brinks ^^
Deidara, crepúsculo foi um acerto no carisma dos personagens, algo que talvez eu trabalhe numa possível futura aula, xD. Só que, o maior erro da autora foi esse "Oh, Bella", "Oh Edward", que deixou de um jeito insuportável e clichê. Até que poderia ter colocado algo mais marcante, tipo o Edward ser um badass que começa a gostar da Bella e daí ele destrói qualquer um que tentar impedir o namoro deles, mas destrói de verdade. Ia ser um clichê, mas menos enjoativo. Dá pra perceber que ele começa a virar vampiro de verdade no final da saga e olha lá D:
Que bom eu ter te ajudado, Deidara. Espero poder ajudar mais gente também ^^ Precisando de um toque, qualquer coisa, só falar
Re: Aula básica de criação de enredos
Gostei, não tinha visto este tópico antes.
Ajuda bastante o que vc falou, o único problema é que quando vc tenta ser original, vc acaba sempre se baseando em algo sem perceber.(Eu sou assim, pelo menos o.o)
+fama
Enfim, ótimo tópico, parabéns
Ajuda bastante o que vc falou, o único problema é que quando vc tenta ser original, vc acaba sempre se baseando em algo sem perceber.(Eu sou assim, pelo menos o.o)
+fama
Enfim, ótimo tópico, parabéns
Silver- Membro
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Re: Aula básica de criação de enredos
Boa RB, gostei de ver!
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Gabriel- Membro
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