Bob e Lio
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Bob e Lio
Bob e Lio
Este é um roteiro que agora torno público e que durante a semana estava na minha cabeça e todos os dias dava uma "batida" na porta da inspiração. É incrível o jeito que minha mente tem de me dar inspiração, porque justamente quando estou tranquilo e cheio de hitórias montadas sai mais uma do nada, do vácuo.
Só quero lembrar de que o roteiro NÃO estão livre para uso em seu projeto, porque vou usá-lo para criar um mangá que logo após o término de Cavaleiros de Amera será iniciado^,^
- Mãe, eu não quero voltar pra lá. Todo mundo tem um animal protetor e eu não! Sou a vergonha da academia, quero ir pra escola normal - dizia Bob insistentemente para sua mãe.
- Como assim não tem seu animal? A nossa família tem história na academia por ter os melhores animais, você tem o seu sim, ele só não deve ter aparecido. Vai voltar para a academia, além do mais, eu e seu pai vamos pra Londres e não vamos cuidar de você por dois anos. - respondeu Ana, mãe de Bob para seu filho.
- Eu odeio isso, sou a vergonha da academia! Tô indo fazer as malas
Bob não se conforma, na academia de luta ele é o único que não tem um animal protetor. O jovem garoto que tem olhos cor de mel e cabelos castanhos e treze anos não gosta do lugar. Sua equipe que conta com mais duas pessoas, além dele mesmo, é forte, mas muito ridicularizada pelo fato de que ele não tem um animal protetor. Está indo para o segundo ano de academia e mesmo assim não subiu seu nível nem mesmo para o nível 1.
Os companheiros de equipe de Bob são Milena e Carlos. Ambos tem o falcão como animal protetor. Milena tem o falcão que chama de Albert e Carlos o falcão que chama de Scot, em homenagem ao Scot de X-men. Milena também tem treze anos, é ruiva dos olhos claros e Carlos (com também treze anos) é loiro de olhos verdes. O que é mais comum entre os três é a altura: 1,64 m.
Na movimentada rua cheia de edifícios, Carlos, Milena e Bob vão conversando até o lugar que leva à academia. Certamente é uma rua bonita, com edifícios comerciais onde passam carros caros, um bairro rico.
- Fugir? Mas... Isso é errado. - dizia Carlos
- Eu sou a vergonha da academia, até mesmo os novatos tem animais de proteção. Eu não tenho, sou um "normal". - disse Bob
- Não acho que seja, Bob. Mesmo sem ter um animal e não ter evoluído seu nível, você foi considerado novato do ano quando entrou. Isso não pesa pra continuar? - disse Milena.
- Nem vou responder, Milena. Eu quero sair, fugir. E... droga! Aquela lá é a Daniela?
Era mesmo, Daniela Scar. Aluna prodígio da academia de luta e que já estava no nível dois, seu animal protetor era o dragão que chamava de Arthur, em homenagem ao rei Arthur. Vivia ridicularizando Bob pelo fato de que o descendente da família Rio(sendo pronuciado Ráio) não tinha evoluído e não tinha um animal protetor. Tinha quatorze anos e cabelos pretos, olhos castanhos.
Estava na esquina à frente deles. Bob não gostara de vê-la, pois estava com o mesmo ar provocador que sempre usara para atacá-lo.
- Se a gente virar aqui pode desviar dela - Bob disse
- Mas vamos demorar pra chegar. É melhor seguir - disse Milena
- Tá doida, Milena? Ela vai ficar zoando a gente... Se bem que nos acostumamos com ela - Carlos falou.
O grupo não entrou em um acordo e foram seguindo. As ruas da bela cidade Pôr-do-Sol eram movimentadas e belas. Algumas ruas com edifícios comerciais e outras com edifícios residenciais, como o edifício Leão da Lua, lugar onde Bob vivia.
Atravessaram a rua e deram de cara com Daniela.
- Então o bastardo resolveu ir para a academia? Que bom! Com o torneio este ano vou fazer com que volte pra sua casa, chorando ainda por cima. - Daniela falou
- Melhor ser um "bastardo" e ter um grupo do que ser um prodígio que anda sem ninguém por perto. Aliás, seus lacaios estão por aí? Ah, esqueci! Eles te deixaram na primeira semana da academia. - respondeu Bob
Carlos e Milena caíram na gargalhada depois da resposta do amigo. Daniela virou a cara e saiu correndo. Sumiu da frente deles em um segundo!
- A cada dia cê tá ficando mais cruel. - Milena falou
- Ainda mais com aquele papo de "eles te deixaram na primeira semana da academia"! Huahuahua - falou Carlos que imitava a postura rígida do amigo ao dizer aquela frase
E assim o grupo continuou. Andaram por mais três quarteirões até chegarem a um beco pixado. Uma porta se abriu em meio a parede e eles entraram.
Quando chegaram do outro lado estavam na frente de um prédio que parecia ser uma escola. Maior do que o estádio Couto Pereira, a Academia de Luta Young estava lá. Muitos estavam andando com roupas pretas, eram os alunos da elite. Outros estavam sem uniforme, eram os alunos que não tinham chegado ao terceiro ano ainda.
Bob foi recebido pelos alunos do terceiro ano, amigos que mesmo vendo as dificuldades que ele tinha para mostrar seus poderes, nunca deboxaram dele.
- A Scar passou aqui bufando igual a um boi. Disse que o "Doutor Rio" ia pagar. Qual foi a da vez? - perguntou Tomás
- Ela chamou o Bob de bastardo e ele deu uma resposta cruel. A língua dele tá bem afiada - respondeu Carlos
Depois de se cumprimentarem, os alunos entraram na academia. Vários corredores estavam atrás da porta de madeira que era usada para fechar a academia. O corredor 1A era a entrada de Bob e seu grupo, que deveria chegar até o terceiro andar.
No elevador eles conheçeram Tobias, novato da academia e que dizia ser o novo integrante do grupo. Mostrou-lhes o cartão da inscrição e a indicação que o professor Rivez fez. O garoto entrava mesmo para o grupo de Bob.
- E você já tem animal protetor? - perguntou Bob
- Tenho, um cachorro que chamo de Dog - respondeu o garoto, que feliz mostrava uma pequena escultura de madeira de um cachorro - E você, tem?
A mão de Bob ficou trêmula, mas ele resolveu responder calmamente.
- O meu ainda não apareceu, quem sabe este ano ele dá as caras.
Os quatro subiram até o terceiro andar e entraram no quarto Oliva, quarto do grupo. O lugar podia acomodar os quatro sem que passassem dificuldades com o espaço. Cada um arrumou sua cama.
Milena resolveu ir até a sala do diretor para ver os horários do ano, Carlos saiu e foi para o ginásio ver se havia alguma luta acontecendo. Bob ficou no quarto arrumando suas coisas e Tobias ficou olhando-o.
- Ei, o que quer dizer esse negócio todo de animal protetor e nível? Minha mãe disse que é muito importante mas eu ainda não entendi com a explicação dela. - perguntou Tobias.
Bob largou suas roupas, olhou nos olhos cheios de dúvidas do garoto e respodeu.
- Cada pessoa tem sua alma certo?
- Certo!
- Os animais também! Antigamente surgiram humanos que continham uma segunda alma, a de um animal. Essa segunda alma não ficava no corpo humano, mas junto a ele. Cada um desses humanos tinha um animal com características diferentes. Os animais podiam ajudar os humanos quando chamados. Ajudavam nas lutas, nas colheitas e as vezes até mesmo na hora de fabricar coisas. Hoje em dia é a mesma coisa, e os animais tornam-nos especiais. Porque somente uma parte da população mundial tem esses animais. O que torna-nos mais fortes, rápidos, inteligentes e poderosos do que os "normais". Geralmente, os animais aparecem em pessoas que já tendem a ter eles, que descendem de uma família que os tem. Mas há casos em que eles surgem em pessoas comuns, que nunca tiveram a chance de ter um.
- Que legal, agora entendi. Mas e esse negócio de níveis?
- Bom, como temos os animais a gente fica mais forte. Quanto mais treinamos ficamos mais fortes ainda. Ao atingir uma certa quantidade de força, o humano e seu animal protetor sofrem uma transformação. Se você já assistiu power rangers, é quase igual. Só que a gente não usa morfadores, só recebemos uma espécie de bola que nos encobre e depois saímos dela muito mais fortes e com os poderes mais aperfeiçoados. Quando isso acontece subimos de nível. - Bob passou a mão na testa e percebeu que estava suando - Ainda não foi definido o limite de níveis que podemos atingir, mas mesmo assim, todos começam as vidas no nível zero.
- Uau! Fascinante. Que bom dividir o quarto com alguém inteligente.
- É, você vai aprender muito aqui com a gente. A Milena mesmo já está no nível dois, o Carlos também. E cada um deles tem um falcão como animal protetor. Aliás, chama o Dog pra sair um pouco e eu ver ele.
- Tá bom. Dog, sai daí.
Da pequena escultura de madeira saiu uma luz, logo após se materializou um cachorro vermelho e do tamanho de um pit bull na frente dos dois.
- Ufa! Uma semana sem sair, tava quase sufocando lá dentro, Tobias. - disse o cachorro
- Vou te liberar todos os dias agora, porque já estou na academia. Dog, conheça meu amigo Bob.
Geralmente, os animais protetores falam. Por isso não é de se estranhar quando algum aluno conversa com algum cordão ou escultura. Quando isso acontecia os alunos estavam falando com seus animais.
Bob, Tobias e Dog ficaram conversando por um bom tempo. Até que um sinal tocou e Bob falou que teriam de ir ao pátio.
Ao chegarem lá, alunos estavam aos montes espalhados. No centro estava o diretor Charles, que passava as instruções aos alunos.
- Este é mais um ano de treinamento da academia. Vamos formar os alunos do quarto ano e o torneio terá início no mês que vem. É época de treinar duro, evoluírem e ficarem mais fortes. Pois, virão para cá alunos de outras academias para o torneio. No total, são mais de 100 alunos participantes. - ele parou, olhou os novatos e continou falando - Os novatos do primeiro ano devem procurar seus grupos e se estabelecerem. Agora estão dispensados.
Os alunos foram se dissipando, sobraram apenas Bob e o diretor no pátio.
- Eu não poderei participar do torneio - disse Bob colocando as mãos nos bolsos da calça
- Isso é por causa do seu animal? O meu apareceu quando eu tinha dezoito anos, você ainda tem treze e pode participar - disse o diretor
- Mas Charles, eu vou enfrentar gente de alto nível no torneio... - Bob foi interrompido pelo diretor
- Por isso mesmo! Você pode enfrentar até mesmo a Daniela Scar, aluna que sei que não se entende com você.
O diretor pegara no ponto de Bob, provocá-lo usando Daniela Scar era golpe baixo. Bob ficou consumido de uma raiva, mas logo se acalmou e respondeu que sim. Se despediu do diretor e voltou para seu quarto.
Enquanto andava pelos corredores, falava sozinho.
- Torneio, torneio e torneio. Droga de torneio! - Bob deu um soco na parede - Eu não quero participar, nem queria estar aqui. - sentiu um incômodo e começou a tremer - Ei! O que tá acontecendo?
Bob sentiu uma força passando por seu corpo. Um leão aparecera em sua frente, era brilhante e da cor dos leões normais.
- Caraca! - falou Bob que estava pasmo
- Qual foi agora? Te assustei? Pensei que quisesse um animal protetor - disse o leão - Eu saí de dentro de você, como todo animal protetor faz. Sou seu leão protetor
- Uau!
- Vai ficar babando aí? Eu passei treze anos tentando sair e agora que saio você fica bobo?
- Mas... Deixa pra lá!... Vou te chamar de Lio, que tal?
- Um nome bom. Se diferencia dos clichês que você falava pra mim.
- Filho da mãe! Ficou ouvindo meus pensamentos?
- Eu nasci com você, tava dentro do seu corpo até hoje e me libertei. Vi e ouvi tudo, inclusive fiquei com nojo do nome Totó.
Bob ficou feliz, finalmente conheçera seu animal protetor. Um leão, melhor do que esperara. Só faltava descobrir o lugar onde essa alma habitaria.
- Dentro do seu corpo está ótimo! - disse Lio
- Nem a pau. Cê vai ficar ouvindo meus pensamentos e tudo mais - respondeu Bob
- Por isso mesmo! Vamos ser mais unidos ainda do que os outros. Além do mais, eu fiquei aqui durante esses treze anos e nunca agi mal. Se me lembro bem, ainda conversei com você mentalmente. Podemos fazer isso sempre pra discutir as coisas sem que os outros saibam.
- É... Agora tá parecendo uma boa idéia. Pode voltar pra dentro agora.
Bob foi correndo feliz da vida para o refeitório. Encontrou Carlos e Milena, finalmente falou sobre o acontecido e mostrou Lio.
- Só podia ser um leão mesmo. Pra combinar com seu temperamento nenum outro animal ia servir - disse Carlos, brincando com o amigo.
- Agora você vai pro torneio e não vai embora. - emendou Milena
- Não ia nem que eu ainda estivesse escondido! - disse Lio - Um guerreiro não foge da luta sem pelo menos tentar
Enquanto tinham essa conversa, Daniela olhava com raiva para Bob e seu leão protetor. O dragão de Daniela falou com ela.
- Pode ser hoje à noite. Ele não irá sobreviver. - disse Arthur
- Arthur, eu treinei mesmo o suficiente. Vamos então hoje. Durante a noite, Bob Rio irá cair no sono profundo.
Durante à noite Bob saiu de seu quarto, como de costume. Foi até o lado de fora da academia e se dirigiu à floresta.
- Que sono! Tá indo aonde? - disse Lio mentalmente para Bob. Os dois começaram uma conversa mental, pois estavam dividindo o mesmo corpo
- Treinar, e você treina comigo.
- É, esqueci que você treina durante a noite pra ficar forte.
Ao chegar na floresta, Lio saiu pra fora. Bob e Lio começaram a treinar. Bob ensinava movimentos para Lio e os dois faziam estes movimentos em dupla, acertavam e derrubavam árvores...
Por volta das três da madrugada, um vulto apareceu. Bob pediu para que se identificasse, mas o vulto das sombras não fez isso. A pessoa escondida atacou Bob e Lio. Era o golpe Shorioukeen(pronunciado xoríukín). Bob ia ser atingido, quando Lio se uniu a ele e os dois usaram a defesa nível zero. Mesmo assim, o golpe surtiu efeito e Bob caiu inconsciente.
Durante a manhã, Bob foi acordado com gritos e um falatório infernal. Os alunos e os professores da academia estavam em volta dele, que não conseguia se mexer, nem ao menos sabia se conseguiria falar.
- Bob, quem fez isso com você? - perguntou Milena, que estava desesperada
Bob tentou se mexer, seu corpo doía e então ele fechou os olhos. Enquanto o carregavam até a enfermaria ele conversava com Lio através da sua mente.
- Foi um Shorioukeen. A sorte é que, mesmo nossa defesa sendo nível zero, ela funcionou. Ou estaríamos mortos - Lio falou
- Pelo menos você viu quem foi?
- Eu caí junto contigo, mas eu posso te jurar que o ataque foi do tipo nível dois e era pra matar nós dois.
Bob tentava, junto com Lio, inventar uma explicação para dar aos professores por ter saído durante a noite. O que ele mais queria saber é quem tentou matá-lo. Mas seu corpo estava muito danificado, ele se sentia imobilizado e mal conseguia falar. Se saísse dessa não ia ter tanto medo do que os professores fariam com ele.
O boato sobre o ataque a Bob rolava pela academia, muitos alunos foram vê-lo na enfermaria. Os professores tentavam curá-lo. Em vão. Os ferimentos eram profundos e nenhuma técnica de cura parecia funcionar.
Milena e Carlos chegaram na sala, a tempo de ver Bob abrir os olhos e tentar falar.
- Sho... riou...keen - ele se esforçava para dizer
- Bob, tenta juntar ar e depois falar tudo de uma vez - disse Carlos
Bob tentou usar uma das habilidades mentais que aprendera para se comunicar. Os ensinamentos da academia não eram inúteis, e ele gritou usando a mente.
- FOI UM SHORIOUKEEN! LIO E EU TENTAMOS NOS DEFENDER E NOSSA DEFESA DEU CERTO ATÉ UM PONTO.
O diretor quase caiu para trás. Como seria possível um aluno de nível zero sobreviver a um Shorioukeen. Os professores pensaram que Bob estava louco.
Enquanto se lamenvatam pelo estado, e talvez pela loucura, de Bob, não perceberam o que estava acontecendo. Não mesmo, até que Carlos apontasse para o corpo que não parava de tremer.
Uma pequena ponta preta saiu do peito de Bob. Ela começava a envolvê-lo e seu corpo flutuava. O que antes era uma pequena ponta, se tornou uma espécie de bola que envolveu completamente o corpo de Bob. Raios começaram a acertar os locais da sala.
Os professores e os alunos correram para fora, enquanto o diretor ficou parado dentro da sala e pensava consigo mesmo.
-Não é possível! Ele tem a áura negra. A maldição dos guerreiros está dentro do garoto. - ele pensava consigo mesmo enquanto a intensidade e quantidade dos raios aumentavam - Como eu não percebi antes? Ele tem todos os sinais: virou o novato mais forte, sendo que não tinha seu animal protetor liberado; não evouluiu no primeiro ano e mesmo assim conseguiu dominar todas as técnicas, com mais eficácia que 95% dos alunos da academia; e por fim, sobreviveu a um golpe Shorioukeen. Agora está evoluindo usando os poderes obscuros da maldição. Terei de torcer para que não tome conhecimento desse poder.
O diretor finalmente caiu em si, viu que a sala estava sendo destruída com os raios, mas percebeu que eles estavam diminuindo. A bola foi se desprendendo do corpo de Bob e se dissolveu no ar. O garoto estava com os cabelos pretos e seus olhos continuavam cor de mel. Sua roupa ficou inteiramente preta, até mesmo seu tênis. Ele finalmente evoluíra para o nível 1.
Carlos e Milena entraram na sala, correram para o amigo e começaram a falar com ele.
- Finalmente você evoluiu, Bob. - disse Carlos
- Com certeza, se continuasse no nível zero teria morrido - emendou Milena
- Eu sei disso. Por isso mesmo eu evoluí, não queria morrer - falou Bob
Seus amigos ficaram perplexos, e ele continuou a explicar.
- Lio e eu estávamos ficando sem força, porque meu corpo tava muito ferido. Resolvemos unir os poderes e forçar a evolução. - Bob olhou seu próprio corpo e voltou-se novamente para seus amigos - Foi uma idéia suicida, mas funcionou.
O diretor Charles se dirigiu a Bob. Olhava-o de cima a baixo, parecia estar examinando todos os efeitos da evolução do jovem.
- Diretor, eu consegui evoluir. Lio e eu nos unimos para isso, até que uma força ,que saiu não sei de onde, se uniu à nossa e eu evoluí. Me recuperei de tudo!
Charles analisava o garoto e não parava, olhou os locais onde deviam estar os ferimentos e mesmo assim não acreditava no que via.
- Você sobreviveu a um Shorioukeen. Usou seus poderes pra forçar uma evolução e se curar dos ferimentos...
O diretor foi interrompido quando o leão, animal protetor de Bob, saiu de dentro do corpo do rapaz. Esta totalmente diferente. Sua aparência era a mesma, mas ele tinha um brilho a mais, parecia mais forte e feroz.
Um caso raro acontecera, pois não somente Bob evoluiu, mas também seu animal de proteção. Normalmente, o animal protetor de um humano evolui duas semanas depois dele, no mínimo. Nunca acontecera de um humano e seu animal evoluírem simultaneamente.
Dois dias depois do ocorrido, o assunto na academia não poderia ser outro: a evolução de Bob e seu animal. Um aluno do terceiro ano resolveu acabar com essas conversas, iria desafiar Bob para uma luta. Esse aluno era Gil, que estava no quarto nível e tinha uma fênix como animal protetor. Bob aceitou o desafio e os dois foram para o ginásio.
Os demais alunos se sentaram para ver o espetáculo. Enquanto alguns apostavam no veterano, outros apostavam no recém evoluído. E a luta começara.
Finix, animal de Gil, saíra de seu lugar (uma espécie de medalhão que o garoto carregava). Lio saiu de dentro de Bob e os dois partiram pra cima de Gil e Finix. O primeiro soco certeiro foi em direção a Finix, que recuara antes de receber o golpe. Gil tentou revidar usando um chute voador, apoiado por Finix. O ginásio ficou tomado por uma fumaça branca, quando ela se dissipou, Bob e Lio estavam atrás de Gil e prontos para dar o golpe certeiro.
Uma combinação de soco de fogo e ataque feroz fez com que Bob e Lio derrubassem Gil. O veterano ficou desnorteado enquanto Finix ainda se mantinha de pé. Era a vez de Finix atacar, mas estava desorientado sem seu humano. Além do mais, o golpe de Bob e Lio surtiu um grande efeito e marcara muitos pontos para os dois.
Finix levantou vôo e desceu rasante de cabeça em direção a Bob. O impacto era certo e mais certo ainda seria a queda de Bob. Lio foi atacar Gil e o impacto entre Finix e Bob aconteceu. Após uma breve fumaça via-se que Finix tinha caído, estava inconsciente.
Gil tentara se levantar mas fora derrubado novamente, agora por Lio. Bob deu um salto para o topo do ginásio. Começava a conjurar um poder.
- Golpe Rio!!!! - gritou em alto e bom som o jovem.
Golpe Rio era a habilidade especial da família de Bob. Uma habilidade tão forte que se fosse executada no nível dois seria mortal. Mas como Bob estava no nível 1, ela não seria mortal, apenas machucaria Gil.
Bob foi descendo com os dois punhos em forma de espada a prontos para acertar Gil. Lio saiu de cima dele. O veterano tentava fazer sua defesa como última tentativa de não ser acertado.
A defesa funcionara até certo ponto, pois o golpe poderoso de Bob despedaçara a defesa. Mesmo assim, não atingiu o veterano, que fora esperto o suficiente para fazer três camadas de defesa.
Gil ficara inconsciente por esgotar suas forças ao faser a defesa. Lio e Bob se uniram novamente em um só e saíram do ginásio sem falar. Não acertaram o golpe final e, isso ficou estranho. Bob sempre fora pisado por Gil e levado inúmeros golpes finais, que mesmo sendo fortes nunca o fizeram desmaiar. Mas, quando podia ter sua vingança, ele simplesmente saiu, deixando todos de queixo caído com a habilidade que fora mostrada.
- Gil teve sorte, porque se Bob estivesse no nível dois teria o matado. Nem mesmo um humano no nível dez conseguiu sobreviver a um ataque desses. - disse Milena para Tobias, que estava sentado ao seu lado.
- É verdade, ele não teria sobrevivido. Mas como o Bob aprendeu essa habilidade nível dois? Ele nunca falou nada sobre aprender essa habilidade. Sempre contou pra gente as habilidades que tinha aprendido - disse Carlos
- Talvez porque ele deve ter aprendido essa
Este é um roteiro que agora torno público e que durante a semana estava na minha cabeça e todos os dias dava uma "batida" na porta da inspiração. É incrível o jeito que minha mente tem de me dar inspiração, porque justamente quando estou tranquilo e cheio de hitórias montadas sai mais uma do nada, do vácuo.
Só quero lembrar de que o roteiro NÃO estão livre para uso em seu projeto, porque vou usá-lo para criar um mangá que logo após o término de Cavaleiros de Amera será iniciado^,^
- Mãe, eu não quero voltar pra lá. Todo mundo tem um animal protetor e eu não! Sou a vergonha da academia, quero ir pra escola normal - dizia Bob insistentemente para sua mãe.
- Como assim não tem seu animal? A nossa família tem história na academia por ter os melhores animais, você tem o seu sim, ele só não deve ter aparecido. Vai voltar para a academia, além do mais, eu e seu pai vamos pra Londres e não vamos cuidar de você por dois anos. - respondeu Ana, mãe de Bob para seu filho.
- Eu odeio isso, sou a vergonha da academia! Tô indo fazer as malas
Bob não se conforma, na academia de luta ele é o único que não tem um animal protetor. O jovem garoto que tem olhos cor de mel e cabelos castanhos e treze anos não gosta do lugar. Sua equipe que conta com mais duas pessoas, além dele mesmo, é forte, mas muito ridicularizada pelo fato de que ele não tem um animal protetor. Está indo para o segundo ano de academia e mesmo assim não subiu seu nível nem mesmo para o nível 1.
Os companheiros de equipe de Bob são Milena e Carlos. Ambos tem o falcão como animal protetor. Milena tem o falcão que chama de Albert e Carlos o falcão que chama de Scot, em homenagem ao Scot de X-men. Milena também tem treze anos, é ruiva dos olhos claros e Carlos (com também treze anos) é loiro de olhos verdes. O que é mais comum entre os três é a altura: 1,64 m.
Na movimentada rua cheia de edifícios, Carlos, Milena e Bob vão conversando até o lugar que leva à academia. Certamente é uma rua bonita, com edifícios comerciais onde passam carros caros, um bairro rico.
- Fugir? Mas... Isso é errado. - dizia Carlos
- Eu sou a vergonha da academia, até mesmo os novatos tem animais de proteção. Eu não tenho, sou um "normal". - disse Bob
- Não acho que seja, Bob. Mesmo sem ter um animal e não ter evoluído seu nível, você foi considerado novato do ano quando entrou. Isso não pesa pra continuar? - disse Milena.
- Nem vou responder, Milena. Eu quero sair, fugir. E... droga! Aquela lá é a Daniela?
Era mesmo, Daniela Scar. Aluna prodígio da academia de luta e que já estava no nível dois, seu animal protetor era o dragão que chamava de Arthur, em homenagem ao rei Arthur. Vivia ridicularizando Bob pelo fato de que o descendente da família Rio(sendo pronuciado Ráio) não tinha evoluído e não tinha um animal protetor. Tinha quatorze anos e cabelos pretos, olhos castanhos.
Estava na esquina à frente deles. Bob não gostara de vê-la, pois estava com o mesmo ar provocador que sempre usara para atacá-lo.
- Se a gente virar aqui pode desviar dela - Bob disse
- Mas vamos demorar pra chegar. É melhor seguir - disse Milena
- Tá doida, Milena? Ela vai ficar zoando a gente... Se bem que nos acostumamos com ela - Carlos falou.
O grupo não entrou em um acordo e foram seguindo. As ruas da bela cidade Pôr-do-Sol eram movimentadas e belas. Algumas ruas com edifícios comerciais e outras com edifícios residenciais, como o edifício Leão da Lua, lugar onde Bob vivia.
Atravessaram a rua e deram de cara com Daniela.
- Então o bastardo resolveu ir para a academia? Que bom! Com o torneio este ano vou fazer com que volte pra sua casa, chorando ainda por cima. - Daniela falou
- Melhor ser um "bastardo" e ter um grupo do que ser um prodígio que anda sem ninguém por perto. Aliás, seus lacaios estão por aí? Ah, esqueci! Eles te deixaram na primeira semana da academia. - respondeu Bob
Carlos e Milena caíram na gargalhada depois da resposta do amigo. Daniela virou a cara e saiu correndo. Sumiu da frente deles em um segundo!
- A cada dia cê tá ficando mais cruel. - Milena falou
- Ainda mais com aquele papo de "eles te deixaram na primeira semana da academia"! Huahuahua - falou Carlos que imitava a postura rígida do amigo ao dizer aquela frase
E assim o grupo continuou. Andaram por mais três quarteirões até chegarem a um beco pixado. Uma porta se abriu em meio a parede e eles entraram.
Quando chegaram do outro lado estavam na frente de um prédio que parecia ser uma escola. Maior do que o estádio Couto Pereira, a Academia de Luta Young estava lá. Muitos estavam andando com roupas pretas, eram os alunos da elite. Outros estavam sem uniforme, eram os alunos que não tinham chegado ao terceiro ano ainda.
Bob foi recebido pelos alunos do terceiro ano, amigos que mesmo vendo as dificuldades que ele tinha para mostrar seus poderes, nunca deboxaram dele.
- A Scar passou aqui bufando igual a um boi. Disse que o "Doutor Rio" ia pagar. Qual foi a da vez? - perguntou Tomás
- Ela chamou o Bob de bastardo e ele deu uma resposta cruel. A língua dele tá bem afiada - respondeu Carlos
Depois de se cumprimentarem, os alunos entraram na academia. Vários corredores estavam atrás da porta de madeira que era usada para fechar a academia. O corredor 1A era a entrada de Bob e seu grupo, que deveria chegar até o terceiro andar.
No elevador eles conheçeram Tobias, novato da academia e que dizia ser o novo integrante do grupo. Mostrou-lhes o cartão da inscrição e a indicação que o professor Rivez fez. O garoto entrava mesmo para o grupo de Bob.
- E você já tem animal protetor? - perguntou Bob
- Tenho, um cachorro que chamo de Dog - respondeu o garoto, que feliz mostrava uma pequena escultura de madeira de um cachorro - E você, tem?
A mão de Bob ficou trêmula, mas ele resolveu responder calmamente.
- O meu ainda não apareceu, quem sabe este ano ele dá as caras.
Os quatro subiram até o terceiro andar e entraram no quarto Oliva, quarto do grupo. O lugar podia acomodar os quatro sem que passassem dificuldades com o espaço. Cada um arrumou sua cama.
Milena resolveu ir até a sala do diretor para ver os horários do ano, Carlos saiu e foi para o ginásio ver se havia alguma luta acontecendo. Bob ficou no quarto arrumando suas coisas e Tobias ficou olhando-o.
- Ei, o que quer dizer esse negócio todo de animal protetor e nível? Minha mãe disse que é muito importante mas eu ainda não entendi com a explicação dela. - perguntou Tobias.
Bob largou suas roupas, olhou nos olhos cheios de dúvidas do garoto e respodeu.
- Cada pessoa tem sua alma certo?
- Certo!
- Os animais também! Antigamente surgiram humanos que continham uma segunda alma, a de um animal. Essa segunda alma não ficava no corpo humano, mas junto a ele. Cada um desses humanos tinha um animal com características diferentes. Os animais podiam ajudar os humanos quando chamados. Ajudavam nas lutas, nas colheitas e as vezes até mesmo na hora de fabricar coisas. Hoje em dia é a mesma coisa, e os animais tornam-nos especiais. Porque somente uma parte da população mundial tem esses animais. O que torna-nos mais fortes, rápidos, inteligentes e poderosos do que os "normais". Geralmente, os animais aparecem em pessoas que já tendem a ter eles, que descendem de uma família que os tem. Mas há casos em que eles surgem em pessoas comuns, que nunca tiveram a chance de ter um.
- Que legal, agora entendi. Mas e esse negócio de níveis?
- Bom, como temos os animais a gente fica mais forte. Quanto mais treinamos ficamos mais fortes ainda. Ao atingir uma certa quantidade de força, o humano e seu animal protetor sofrem uma transformação. Se você já assistiu power rangers, é quase igual. Só que a gente não usa morfadores, só recebemos uma espécie de bola que nos encobre e depois saímos dela muito mais fortes e com os poderes mais aperfeiçoados. Quando isso acontece subimos de nível. - Bob passou a mão na testa e percebeu que estava suando - Ainda não foi definido o limite de níveis que podemos atingir, mas mesmo assim, todos começam as vidas no nível zero.
- Uau! Fascinante. Que bom dividir o quarto com alguém inteligente.
- É, você vai aprender muito aqui com a gente. A Milena mesmo já está no nível dois, o Carlos também. E cada um deles tem um falcão como animal protetor. Aliás, chama o Dog pra sair um pouco e eu ver ele.
- Tá bom. Dog, sai daí.
Da pequena escultura de madeira saiu uma luz, logo após se materializou um cachorro vermelho e do tamanho de um pit bull na frente dos dois.
- Ufa! Uma semana sem sair, tava quase sufocando lá dentro, Tobias. - disse o cachorro
- Vou te liberar todos os dias agora, porque já estou na academia. Dog, conheça meu amigo Bob.
Geralmente, os animais protetores falam. Por isso não é de se estranhar quando algum aluno conversa com algum cordão ou escultura. Quando isso acontecia os alunos estavam falando com seus animais.
Bob, Tobias e Dog ficaram conversando por um bom tempo. Até que um sinal tocou e Bob falou que teriam de ir ao pátio.
Ao chegarem lá, alunos estavam aos montes espalhados. No centro estava o diretor Charles, que passava as instruções aos alunos.
- Este é mais um ano de treinamento da academia. Vamos formar os alunos do quarto ano e o torneio terá início no mês que vem. É época de treinar duro, evoluírem e ficarem mais fortes. Pois, virão para cá alunos de outras academias para o torneio. No total, são mais de 100 alunos participantes. - ele parou, olhou os novatos e continou falando - Os novatos do primeiro ano devem procurar seus grupos e se estabelecerem. Agora estão dispensados.
Os alunos foram se dissipando, sobraram apenas Bob e o diretor no pátio.
- Eu não poderei participar do torneio - disse Bob colocando as mãos nos bolsos da calça
- Isso é por causa do seu animal? O meu apareceu quando eu tinha dezoito anos, você ainda tem treze e pode participar - disse o diretor
- Mas Charles, eu vou enfrentar gente de alto nível no torneio... - Bob foi interrompido pelo diretor
- Por isso mesmo! Você pode enfrentar até mesmo a Daniela Scar, aluna que sei que não se entende com você.
O diretor pegara no ponto de Bob, provocá-lo usando Daniela Scar era golpe baixo. Bob ficou consumido de uma raiva, mas logo se acalmou e respondeu que sim. Se despediu do diretor e voltou para seu quarto.
Enquanto andava pelos corredores, falava sozinho.
- Torneio, torneio e torneio. Droga de torneio! - Bob deu um soco na parede - Eu não quero participar, nem queria estar aqui. - sentiu um incômodo e começou a tremer - Ei! O que tá acontecendo?
Bob sentiu uma força passando por seu corpo. Um leão aparecera em sua frente, era brilhante e da cor dos leões normais.
- Caraca! - falou Bob que estava pasmo
- Qual foi agora? Te assustei? Pensei que quisesse um animal protetor - disse o leão - Eu saí de dentro de você, como todo animal protetor faz. Sou seu leão protetor
- Uau!
- Vai ficar babando aí? Eu passei treze anos tentando sair e agora que saio você fica bobo?
- Mas... Deixa pra lá!... Vou te chamar de Lio, que tal?
- Um nome bom. Se diferencia dos clichês que você falava pra mim.
- Filho da mãe! Ficou ouvindo meus pensamentos?
- Eu nasci com você, tava dentro do seu corpo até hoje e me libertei. Vi e ouvi tudo, inclusive fiquei com nojo do nome Totó.
Bob ficou feliz, finalmente conheçera seu animal protetor. Um leão, melhor do que esperara. Só faltava descobrir o lugar onde essa alma habitaria.
- Dentro do seu corpo está ótimo! - disse Lio
- Nem a pau. Cê vai ficar ouvindo meus pensamentos e tudo mais - respondeu Bob
- Por isso mesmo! Vamos ser mais unidos ainda do que os outros. Além do mais, eu fiquei aqui durante esses treze anos e nunca agi mal. Se me lembro bem, ainda conversei com você mentalmente. Podemos fazer isso sempre pra discutir as coisas sem que os outros saibam.
- É... Agora tá parecendo uma boa idéia. Pode voltar pra dentro agora.
Bob foi correndo feliz da vida para o refeitório. Encontrou Carlos e Milena, finalmente falou sobre o acontecido e mostrou Lio.
- Só podia ser um leão mesmo. Pra combinar com seu temperamento nenum outro animal ia servir - disse Carlos, brincando com o amigo.
- Agora você vai pro torneio e não vai embora. - emendou Milena
- Não ia nem que eu ainda estivesse escondido! - disse Lio - Um guerreiro não foge da luta sem pelo menos tentar
Enquanto tinham essa conversa, Daniela olhava com raiva para Bob e seu leão protetor. O dragão de Daniela falou com ela.
- Pode ser hoje à noite. Ele não irá sobreviver. - disse Arthur
- Arthur, eu treinei mesmo o suficiente. Vamos então hoje. Durante a noite, Bob Rio irá cair no sono profundo.
Durante à noite Bob saiu de seu quarto, como de costume. Foi até o lado de fora da academia e se dirigiu à floresta.
- Que sono! Tá indo aonde? - disse Lio mentalmente para Bob. Os dois começaram uma conversa mental, pois estavam dividindo o mesmo corpo
- Treinar, e você treina comigo.
- É, esqueci que você treina durante a noite pra ficar forte.
Ao chegar na floresta, Lio saiu pra fora. Bob e Lio começaram a treinar. Bob ensinava movimentos para Lio e os dois faziam estes movimentos em dupla, acertavam e derrubavam árvores...
Por volta das três da madrugada, um vulto apareceu. Bob pediu para que se identificasse, mas o vulto das sombras não fez isso. A pessoa escondida atacou Bob e Lio. Era o golpe Shorioukeen(pronunciado xoríukín). Bob ia ser atingido, quando Lio se uniu a ele e os dois usaram a defesa nível zero. Mesmo assim, o golpe surtiu efeito e Bob caiu inconsciente.
Durante a manhã, Bob foi acordado com gritos e um falatório infernal. Os alunos e os professores da academia estavam em volta dele, que não conseguia se mexer, nem ao menos sabia se conseguiria falar.
- Bob, quem fez isso com você? - perguntou Milena, que estava desesperada
Bob tentou se mexer, seu corpo doía e então ele fechou os olhos. Enquanto o carregavam até a enfermaria ele conversava com Lio através da sua mente.
- Foi um Shorioukeen. A sorte é que, mesmo nossa defesa sendo nível zero, ela funcionou. Ou estaríamos mortos - Lio falou
- Pelo menos você viu quem foi?
- Eu caí junto contigo, mas eu posso te jurar que o ataque foi do tipo nível dois e era pra matar nós dois.
Bob tentava, junto com Lio, inventar uma explicação para dar aos professores por ter saído durante a noite. O que ele mais queria saber é quem tentou matá-lo. Mas seu corpo estava muito danificado, ele se sentia imobilizado e mal conseguia falar. Se saísse dessa não ia ter tanto medo do que os professores fariam com ele.
O boato sobre o ataque a Bob rolava pela academia, muitos alunos foram vê-lo na enfermaria. Os professores tentavam curá-lo. Em vão. Os ferimentos eram profundos e nenhuma técnica de cura parecia funcionar.
Milena e Carlos chegaram na sala, a tempo de ver Bob abrir os olhos e tentar falar.
- Sho... riou...keen - ele se esforçava para dizer
- Bob, tenta juntar ar e depois falar tudo de uma vez - disse Carlos
Bob tentou usar uma das habilidades mentais que aprendera para se comunicar. Os ensinamentos da academia não eram inúteis, e ele gritou usando a mente.
- FOI UM SHORIOUKEEN! LIO E EU TENTAMOS NOS DEFENDER E NOSSA DEFESA DEU CERTO ATÉ UM PONTO.
O diretor quase caiu para trás. Como seria possível um aluno de nível zero sobreviver a um Shorioukeen. Os professores pensaram que Bob estava louco.
Enquanto se lamenvatam pelo estado, e talvez pela loucura, de Bob, não perceberam o que estava acontecendo. Não mesmo, até que Carlos apontasse para o corpo que não parava de tremer.
Uma pequena ponta preta saiu do peito de Bob. Ela começava a envolvê-lo e seu corpo flutuava. O que antes era uma pequena ponta, se tornou uma espécie de bola que envolveu completamente o corpo de Bob. Raios começaram a acertar os locais da sala.
Os professores e os alunos correram para fora, enquanto o diretor ficou parado dentro da sala e pensava consigo mesmo.
-Não é possível! Ele tem a áura negra. A maldição dos guerreiros está dentro do garoto. - ele pensava consigo mesmo enquanto a intensidade e quantidade dos raios aumentavam - Como eu não percebi antes? Ele tem todos os sinais: virou o novato mais forte, sendo que não tinha seu animal protetor liberado; não evouluiu no primeiro ano e mesmo assim conseguiu dominar todas as técnicas, com mais eficácia que 95% dos alunos da academia; e por fim, sobreviveu a um golpe Shorioukeen. Agora está evoluindo usando os poderes obscuros da maldição. Terei de torcer para que não tome conhecimento desse poder.
O diretor finalmente caiu em si, viu que a sala estava sendo destruída com os raios, mas percebeu que eles estavam diminuindo. A bola foi se desprendendo do corpo de Bob e se dissolveu no ar. O garoto estava com os cabelos pretos e seus olhos continuavam cor de mel. Sua roupa ficou inteiramente preta, até mesmo seu tênis. Ele finalmente evoluíra para o nível 1.
Carlos e Milena entraram na sala, correram para o amigo e começaram a falar com ele.
- Finalmente você evoluiu, Bob. - disse Carlos
- Com certeza, se continuasse no nível zero teria morrido - emendou Milena
- Eu sei disso. Por isso mesmo eu evoluí, não queria morrer - falou Bob
Seus amigos ficaram perplexos, e ele continuou a explicar.
- Lio e eu estávamos ficando sem força, porque meu corpo tava muito ferido. Resolvemos unir os poderes e forçar a evolução. - Bob olhou seu próprio corpo e voltou-se novamente para seus amigos - Foi uma idéia suicida, mas funcionou.
O diretor Charles se dirigiu a Bob. Olhava-o de cima a baixo, parecia estar examinando todos os efeitos da evolução do jovem.
- Diretor, eu consegui evoluir. Lio e eu nos unimos para isso, até que uma força ,que saiu não sei de onde, se uniu à nossa e eu evoluí. Me recuperei de tudo!
Charles analisava o garoto e não parava, olhou os locais onde deviam estar os ferimentos e mesmo assim não acreditava no que via.
- Você sobreviveu a um Shorioukeen. Usou seus poderes pra forçar uma evolução e se curar dos ferimentos...
O diretor foi interrompido quando o leão, animal protetor de Bob, saiu de dentro do corpo do rapaz. Esta totalmente diferente. Sua aparência era a mesma, mas ele tinha um brilho a mais, parecia mais forte e feroz.
Um caso raro acontecera, pois não somente Bob evoluiu, mas também seu animal de proteção. Normalmente, o animal protetor de um humano evolui duas semanas depois dele, no mínimo. Nunca acontecera de um humano e seu animal evoluírem simultaneamente.
Dois dias depois do ocorrido, o assunto na academia não poderia ser outro: a evolução de Bob e seu animal. Um aluno do terceiro ano resolveu acabar com essas conversas, iria desafiar Bob para uma luta. Esse aluno era Gil, que estava no quarto nível e tinha uma fênix como animal protetor. Bob aceitou o desafio e os dois foram para o ginásio.
Os demais alunos se sentaram para ver o espetáculo. Enquanto alguns apostavam no veterano, outros apostavam no recém evoluído. E a luta começara.
Finix, animal de Gil, saíra de seu lugar (uma espécie de medalhão que o garoto carregava). Lio saiu de dentro de Bob e os dois partiram pra cima de Gil e Finix. O primeiro soco certeiro foi em direção a Finix, que recuara antes de receber o golpe. Gil tentou revidar usando um chute voador, apoiado por Finix. O ginásio ficou tomado por uma fumaça branca, quando ela se dissipou, Bob e Lio estavam atrás de Gil e prontos para dar o golpe certeiro.
Uma combinação de soco de fogo e ataque feroz fez com que Bob e Lio derrubassem Gil. O veterano ficou desnorteado enquanto Finix ainda se mantinha de pé. Era a vez de Finix atacar, mas estava desorientado sem seu humano. Além do mais, o golpe de Bob e Lio surtiu um grande efeito e marcara muitos pontos para os dois.
Finix levantou vôo e desceu rasante de cabeça em direção a Bob. O impacto era certo e mais certo ainda seria a queda de Bob. Lio foi atacar Gil e o impacto entre Finix e Bob aconteceu. Após uma breve fumaça via-se que Finix tinha caído, estava inconsciente.
Gil tentara se levantar mas fora derrubado novamente, agora por Lio. Bob deu um salto para o topo do ginásio. Começava a conjurar um poder.
- Golpe Rio!!!! - gritou em alto e bom som o jovem.
Golpe Rio era a habilidade especial da família de Bob. Uma habilidade tão forte que se fosse executada no nível dois seria mortal. Mas como Bob estava no nível 1, ela não seria mortal, apenas machucaria Gil.
Bob foi descendo com os dois punhos em forma de espada a prontos para acertar Gil. Lio saiu de cima dele. O veterano tentava fazer sua defesa como última tentativa de não ser acertado.
A defesa funcionara até certo ponto, pois o golpe poderoso de Bob despedaçara a defesa. Mesmo assim, não atingiu o veterano, que fora esperto o suficiente para fazer três camadas de defesa.
Gil ficara inconsciente por esgotar suas forças ao faser a defesa. Lio e Bob se uniram novamente em um só e saíram do ginásio sem falar. Não acertaram o golpe final e, isso ficou estranho. Bob sempre fora pisado por Gil e levado inúmeros golpes finais, que mesmo sendo fortes nunca o fizeram desmaiar. Mas, quando podia ter sua vingança, ele simplesmente saiu, deixando todos de queixo caído com a habilidade que fora mostrada.
- Gil teve sorte, porque se Bob estivesse no nível dois teria o matado. Nem mesmo um humano no nível dez conseguiu sobreviver a um ataque desses. - disse Milena para Tobias, que estava sentado ao seu lado.
- É verdade, ele não teria sobrevivido. Mas como o Bob aprendeu essa habilidade nível dois? Ele nunca falou nada sobre aprender essa habilidade. Sempre contou pra gente as habilidades que tinha aprendido - disse Carlos
- Talvez porque ele deve ter aprendido essa
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